Criado no Brasil o primeiro Consórcio de Pesquisadores em Saúde Integrativa da América Latina
Durante o 1o Congresso Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, realizado na cidade de Natal, em outubro de 2017, foi anunciada a criação do primeiro Consórcio de Pesquisadores em Saúde Integrativa da América Latina. O Consórcio, criado por 25 Pesquisadores de 19 Universidades Brasileiras, tem o objetivo de contribuir para fortalecer a legitimidade científica das práticas integrativas e complementares em Saúde (PICS), bem como sua credibilidade e a sustentabilidade de sua integração ao Sistema Único de Saúde. O coletivo brasileiro se inspirou no modelo do Consórcio Acadêmico de Medicina e Saúde Integrativa da América do Norte, que reúne 72 centros dedicados ao estudo dos sistemas médicos e práticas de Saúde não convencionais, filiados a universidades nos Estados Unidos, México e Canadá.
A formação do Consórcio Brasileiro, que pretende ser uma força estruturadora da pesquisa na área no Brasil, foi recebida com beneplácito pela comunidade de atores sociais em PICS, bem como pelo Ministério da Saúde, que anunciou seu apoio a tal iniciativa. O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional do PICS, Departamento de Atenção Básica, anunciou um convênio de colaboração com a BIREME/OPAS/OMS com o objetivo de desenvolver ferramentas de colaboração e gestão do conhecimento, gerar um registro de Pesquisas, assim como colecionar recursos eletrônicos relevantes na matéria e avançar no fortalecimento de capacidades para a Pesquisa em PICS. Tais desenvolvimentos serão integrados à BVS em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI).
O Consórcio Brasileiro tem a intenção de influir positivamente na qualidade das Pesquisas em PICS, aportando a geração de evidências que permitam contribuir para melhorar a saúde individual e coletiva, bem como a prestação de serviços de saúde no Brasil. Além disso, o Consórcio busca criar pontes entre os Pesquisadores, os profissionais da saúde, os tomadores de decisão na Saúde e o público em geral, aproveitando entre outras as ferramentas das tecnologias da informação.
Os pesquisadores brasileiros também pretendem inspirar seus pares em outros países latino-americanos a avançarem na consolidação de parcerias nacionais e internacionais para a pesquisa colaborativa em PICS. A filiação do Consórcio Brasileiro à BVS especializada na área e gerida por uma rede regional de colaboração, tornará mais fácil que o impacto do consórcio se estenda para além das fronteiras brasileiras.
O Consórcio Brasileiro aproximou-se do seu homólogo americano, e está previsto um primeiro encontro no âmbito do 1o Congresso Internacional em Medicina Integrativa e Complementar em Saúde Pública, organizado pelo Ministério da Saúde do Brasil, a ser realizado de 12 a 15 de março próximos no Rio de Janeiro.