Nutrición desde las MTCI
Introducción
Nesta subseção você encontrará diversos assuntos sobre a alimentação e a nutrição abordando os critérios da MTCI de vários países do mundo relacionados com os aspectos: físico, emocional, mental e espiritual.
Ter uma alimentação saudável é importante para atingir bem-estar, qualidade de vida e longevidade. Desse modo, a alimentação saudável e de forma sustentável equilibrando questões econômicas, sociais e ambientais é uma prioridade para a Organização das Nações Unidas (ONU) que possui um plano de ação de fome zero e agricultura sustentável até (1). A promoção da saúde se inicia no período gestacional e deve ser instigada desde a infância para assim evitar doenças crônicas não transmissíveis, distúrbios emocionais, sociais e alimentares. De acordo com a (UNICEF) e (WHO), mesmo os países mais ricos se deparam com a fome e pobreza, especialmente os grupos marginalizados, população indígena e minorias étnicas (2). É comum as crianças não receberam a educação e cuidados básicos, inclusive muitas crianças crescem assustadas por guerras e insegurança (3). Situações como esta se faz necessário medidas a longo prazo e integração de países como a meta de 2030.
A visão convencional da alimentação se baseia em uma nutrição que considera apenas a ingestão de calorias advindas de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais). Porém a alimentação é muito mais abrangente do que essa visão bioquímica (4).
Outros aspectos sobre a alimentação devem ser considerados como a nutrição, tendo em conta o aspecto físico referente aos nutrientes e a parte bioquímica; emocional relacionando com o modo de comer, regulação de apetite e saciedade e as emoções e sentimentos que são despertados; mental que diverge de acordo com a cultura, hábitos relacionados a pertencimento do grupo, clima e local; e espiritual que varia de acordo com as crenças, religiosidade e princípios de cada indivíduo (4).
O padrão alimentar ocidental possui um estilo de vida baseado em alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e farinhas brancas, alto consumo de alimentos de origem animal, pouco ingestão de fibras, verduras, legumes e frutas, pouca exposição ao sol, sedentarismo, rotina estressante, uso constante de antibióticos, xenobióticos e excesso de higiene. Esse estilo de vida atual pode acarretar em uma série de distúrbios, comorbidades e doenças como permeabilidade intestinal, doenças intestinais, diminuição do sistema imunológico, artrite reumatóide, enxaquecas, estresse, diabetes, síndrome metabólica, dislipidemias, obesidade, transtornos alimentares e sociais (5). Além disso, as mídias sociais vem incutindo um padrão de beleza que excluem a variedade cultural, exigindo perfis antropométricos cada vez mais magros chegando a padrões irreais, desconsiderando os aspectos genéticos, culturais e particularidades de cada indivíduo (6-9).
As escolhas alimentares são precursoras de um estado de saúde ou de doença. As dietas estão diretamente relacionadas aos tipos de microrganismos presentes no corpo e principalmente no intestino. As dietas vegetariana e veganas, sem glúten, cetogênica, low FODMAP, mediterrânea e ocidental variam na qualidade, quantidade e tipos de alimentos, obtendo um grande impacto na população microbiana. Cada dieta tem um propósito de ser utilizada de acordo com cada indivíduo, seus sinais e sintomas clínicos. A dieta mediterrânea vem sendo estudada em vários países, pois possuem vários benefícios à saúde como o controle do índice glicêmico, a quantidade de fibras, carboidratos, e gorduras adequadas, além da variedade de alimentos (10). Dessa forma, é imprescindível levar em consideração que a alimentação e a nutrição precisam ter um olhar mais amplo.
A visão oriental da alimentação e nutrição aborda os aspectos físico, emocional, mental e espiritual do indivíduo. As medicinais tradicionais como a ayurveda, chinesa, indígena, mexicana, entre outras revelam uma medicina própria segundo sua cultura. Ambas possuem uma visão de mundo que enfatiza a totalidade das coisas, na relação com o cosmo, com a natureza, as divindades, equilíbrio entre o quente e o frio. Essas medicinas restabelecem a força vital dos indivíduos por meio amplos procedimentos terapêuticos para restaurar o equilíbrio perdido entre a pessoa e ela mesma, bem como as forças sociais, naturais e divinas que a circundam. A medicina baseada em evidências tem estudado os conhecimentos das diferentes culturas comprovando sua eficácia. Sendo assim, ambas técnicas devem ser utilizadas de forma complementar afim de dar subsídios para o indivíduo atingir a melhor versão de si mesmo de forma integral (11).
Portanto, as Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas avaliam o indivíduo considerando todas as áreas da saúde de forma biopsicossocial, estudando a relação saúde-doença, as diferenças culturais e os benefícios sistêmicos de uma alimentação saudável, equilibrada, variada e colorida (12).